O Carrefour Brasil avalia que as condições que impulsionaram o varejo de alimentos e o comércio eletrônico no ano passado se manterão em 2021, com executivos da empresa otimistas sobre o desempenho da empresa em um ambiente ainda incerto devido aos impactos de medidas de isolamento social.
A companhia divulgou na noite da véspera crescimento de 35% no lucro líquido do quarto trimestre na comparação anual, impulsionada por sua divisão de atacarejo e mudanças de hábito provocadas pela pandemia.
O resultado veio apesar de uma redução nos pagamentos do coronavoucher no período pelo governo federal. Questionado sobre se o fim do auxílio impactará o desempenho do grupo neste ano, o vice-presidente finanças do Carrefour Brasil foi categórico:
"A resposta é não. O coronavoucher já tinha sido reduzido em setembro/outubro...e o Atacadão acelerou no quarto trimestre", afirmou Sébastien Durchon, em teleconferência com analistas nesta quinta-feira.
"No início de 2021 não dá para enxergar desaceleração da tendência. A redução do coronavoucher vai impactar mais outros negócios que alimentos...O impacto nas vendas não vai ser percebível nos próximos meses", acrescentou o Durchon.
Às 13h27, as ações do Carrefour Brasil exibiam alta de 1,7% enquanto o Ibovespa mostrava queda de cerca de 1%.
Executivos da companhia afirmaram que as mudanças nos hábitos dos consumidores, que deixaram de fazer muitas refeições fora de casa, devem se manter neste ano, favorecendo as vendas de supermercados e o varejo online de alimentos.
Neste sentido, o Carrefour Brasil "está bastante otimista" sobre o cenário de evolução de margens de lucro, disse Durchon. "Não achamos que inflação alimentar vai cair...Estamos bastante otimistas para 2021. Pode acontecer algum mês ter uma comparação anual negativa, mas no todo enxergamos crescimento", disse.
Na frente online, o Carrefour Brasil trabalha para abrir contas digitais para clientes do Atacadão e está completando o processo para aceitar pagamentos e transferências por meio do PIX, afirmaram executivos da companhia.
O grupo terminou 2020 com um índice de endividamento de 0,28 vez e um caixa de 5,6 bilhões de reais, o que abre oportunidades de fusões e aquisições neste ano e no próximo, disse o presidente-executivo, Noël Prioux, sem dar detalhes.
Fonte: Notícias Agrícolas.