Se as exportações de soja e milho eram uma das maiores preocupações dos produtores norte-americanos, especialmente diante do início de uma nova safra, a demanda interna por ambos os produtos também exige a atenção e cautela dos agricultores nos Estados Unidos. Os impactos do coronavírus chegaram severamente à agroindústria do país e já causam prejuízos tanto na produção de etanol de milho, quanto na de derivados de soja e proteínas animais.
O preocupante cenário vinha sendo monitorado constantemente, como em todos os países, mas chamou mais atenção quando um planta da Smithfield Foods, a maior processadora de carne suína dos EUA, registrou um surto de Covid-19 entre seus funcionários, com 80 colaboradores testando positivo para o vírus. Outras empresas de enorme importância para a economia agrícola do país passam pela mesma situação, como a Tyson Foods, a JBS, Cargill, a Sanderson Farms e a Perdue Farms.
Diante disso, todas estas empresas, entre outras, vêm fechando plantas processadoras de soja, milho, carnes, por tempo indeterminado, reduzindo a demanda por matéria-prima e começando a causar preocuoações sobre o abastecimento para o consumidor final. Sérios atrasos já começam a ser contabilizados em todos os elos da cadeia produtiva e de distribuição.
MILHO
No último dia 31 de março, o Notícias Agrícolas noticiou com exclusivas informações da ARC Mercosul o fechamento de 30 plantas esmagadoras de milho para etanol diante da crise causada não só pelo coronavírus, mas também pela baixa intensa entre os preços do petróleo.
Na ocasião, os processadores de um dos maiores grupos norte-americanos do setor já vinham contabilizando um prejuízo de US$ 2,60 por bushel esmagado de milho para a produção de etanol e derivados.
Fonte; Notícias Agrícolas