A revista Cláudia do mês de Abril/08 traz uma reportagem novamente falando bem do OVO. Para acessar o site da revista e ver a reportagem na íntegra: www.claudia.abril.com.br
Segue abaixo uma parte da reportagem:
Velhos vilões ou novos mocinhos?
A última palavra da ciência sobre o ovo, a gordura, o sal, o açúcar, a carne vermelha, o café e o chocolate.
Numa crônica publicada em 1997, o escritor João Ubaldo Ribeiro desabafou, com seu tom irônico e impagável: “Não agüento mais de culpa, acusado de suicidar-me a cada instante”. O texto falava sobre alimentos que lhe rendiam prazeres, mas que estavam condenados, como a manteiga: “Deve ser incluída nas listas de drogas proibidas, juntamente com cocaína e heroína”. Sobre o café: “Causa males recentemente descobertos por um laboratório de Glasgow ou Amsterdã ou Jacarta, que poderão deixar o freguês abestalhado, tarado, astênico ou hiperexcitável a ponto de matar a família e ir ao cinema”. Referia-se à carne: “É caso de se embuçar para ir a uma churrascaria”. Para o ovo reservava um suspiro de adeus: “E uma omeletezinha? E ovos estrelados, daqueles reluzentes como o sol, que a gente encarava com requintes de esfregadinhas de pão na gema? Com presunto? Com bacon? Livrai-nos, Senhor, de todas essas pragas infernais”.
O tempo passou e as gostosuras citadas pelo escritor baiano saíram da lista negra e reconquistaram lugar à mesa. A tônica da nutrição, agora, é desaconselhar cortes radicais. “Não existe alimento vilão, mas consumo vilão”, diz o cardiologista e nutrólogo Daniel Magnoni, chefe de nutrição clínica do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, em São Paulo. Com bom senso, esses prazeres podem, sim, compor os melhores cardápios.
VILÃO - Em 1973, a Associação Americana do Coração limitou o colesterol a 300 miligramas por dia por causar distúrbios cardiovasculares. Como uma gema tem 215 miligramas, o ovo foi considerado uma bomba.
MOCINHO - Pesquisas dos anos 90 o absolveram. Especialistas da Universidade Harvard provaram que o consumo diário não eleva a incidência de infartos e derrames. Mais de 100 estudos o inocentaram. “O ovo é fonte de proteína de alto valor biológico, vitaminas do complexo A, B, D, E e K e de micronutrientes como colina, fundamental para a memória e o aprendizado e talvez tão importante quanto o ácido fólico para a formação do sistema nervoso fetal”, diz Ana Beatriz Leme da Fonseca, da VP Consultoria Nutricional, em São Paulo.
ÚLTIMA PALAVRA - Ovos no café-da-manhã podem ajudar a emagrecer. Uma equipe da Universidade Estadual da Louisiana comparou mulheres em dieta. Metade fazia o desjejum com torradas. A outra consumia ovos mexidos. A perda de peso foi 65% maior no grupo dos ovos.Um ovo por dia se a dieta é balanceada e o colesterol normal. Com taxas altas, três por semana.
QUANTIDADE - Um ovo por dia se a dieta é balanceada e o colesterol normal. Com taxas altas, três por semana.
Fonte: Revista Cláudia (Editora Abril)