Em visita ao Senai Cimatec, em Salvador, na Bahia, presidente afirmou que Brasil é uma das últimas democracias no mundo.
Com o avanço da guerra entre Rússia e Ucrânia, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o conflito põe a "humanidade em risco" e também pode gerar insegurança alimentar. "O que está em jogo? A vida da humanidade, quase 8 bilhões de habitantes, bem como pela insegurança alimentar", disse ele durante visita a instalações do Senai Cimatec, em Salvador, na Bahia, nesta quarta-feira (16).
No início do mês, o presidente havia dito que o país corria o risco de ter aumento no preço do potássio ou a falta do minério, um dos principais produtos utilizados na matéria-prima de fertilizantes.
Em meio ao alerta que se acendeu para o Brasil com o conflito europeu, a ministra Tereza Cristina (Agricultura Pec. e Abastecimento) foi ao Canadá para tratar de relações comerciais para fornecimento de fertilizantes.
O Brasil importa 85% do produto usado nas lavouras do país, segundo a Associação Nacional para Difusão de Adubos. Boa parte desse montante é comprada do país comandado por Vladimir Putin.
No evento desta quarta, Bolsonaro falou sobre alimentos transgênicos, produzidos com plantas geneticamente modificadas. "Estive visitando um país que é menor que o estado de Sergipe, e lá, entre tantas coisas que vi, também me falaram do botão transgênico. É um país onde a precipitação pluviométrica é menor que o nosso interiorzão do Nordeste", disse.
"E eles têm o botão transgênico. O que é isso? É uma figura de linguagem, mas, quando ele apertar aquilo lá, ele vai ter produtividade inigualável, porque, no momento de falta de comida, ninguém vai perguntar se aquele alimento é transgênico ou não", acrescentou.
Durante o discurso, o presidente voltou a criticar ações feitas pelos governos petistas e avaliou que o país é uma das últimas democracias no mundo.
"Por que o mundo está de olho em nós? Além de sermos, ainda, depende de vocês, uma das últimas democracias no mundo. A liberdade se mantém todo dia. É uma guerra diária. E nós temos forças para lutar contra o mal. Não é direita contra esquerda. É o bem contra o mal."
Fonte: R7