A diminuição nas compras tem relação com as perdas registradas nas granjas de suínos do país
A China, maior compradora mundial de soja, acaba de sinalizar uma redução nas compras deste ano. O Ministério da Agricultura do país cortou em quase 2 milhões de toneladas a estimativa para importação do produto na safra 2021/22.
Com isso, a previsão é que os chineses comprem 91 milhões de toneladas ante os 93 milhões esperados. Se o número se confirmar, o total será 8% abaixo do registrado no ano passado.
Essa diminuição nas compras tem a ver com as perdas registradas nas granjas de suínos da China, que é o maior criador do animal e também o que mais consome a sua carne. Nos últimos anos, o país vem tentando se recuperar de um surto de peste suína africana que acabou com boa parte do plantel chinês.
A doença espalhou-se muito rapidamente e não há medida de prevenção pra contê-la, então, o rebanho realmente foi dizimado. Isso fez com que a China tivesse que importar mais carne suína, inclusive.
Com menos animais em produção, menor a necessidade de ração animal (que, por sua vez, é fabricada basicamente a partir do farelo de soja). Para a próxima safra, o governo chinês não fez alterações nos números de produção e importação e consumo, mas deu um sinal importante ao mercado.
A safra de milho chinesa pode ter problemas com o clima, principalmente depois das chuvas excessivas em algumas áreas de produção que ocorreram recentemente. Essa notícia reforça a possibilidade do Brasil iniciar as vendas de milho para China ainda neste ano, algo que já vem sendo ntegociado entre os países.
Fonte: Globo Rural