Objetivo é garantir a alocação de R$ 3,5 bilhões no orçamento do ano que vem para custear possíveis ações de socorro aos produtores rurais.
De olho nos impactos que o El Niño deverá causar na produção agropecuária brasileira na safra 2023/24, o Ministério da Agricultura busca apoio em Brasília para garantir a alocação de R$ 3,5 bilhões no orçamento do ano que vem para custear possíveis ações de socorro aos produtores rurais afetados pelas adversidades climáticas.
O valor serviria como uma espécie de "reserva" financeira para o governo ter condições de criar medidas de apoio ao campo de forma mais ágil. A idéia foi apresentada para a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) nesta semana por Carlos Augustin, assessor especial do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Ele buscou apoio para emendas no projeto de Lei Orçamentária Anual de 2024 (PLOA), que está em análise no Congresso Nacional.
"Vai ser um ano muito difícil, estamos antevendo isso para tentar minorar os problemas lá na frente", disse Augustin.
A intenção é ter o recurso garantido no orçamento para agilizar a tomada de decisões em 2024, caso sejam necessárias, e fazer com que a ajuda possa chegar mais rapidamente aos produtores, como alongamento de dívidas, criação de crédito emergencial e seguro rural.
A avaliação do ministério é que as condições climáticas vão gerar quebras de safras e pedidos de prorrogações de financiamentos, o que demanda a aplicação de recursos nas linhas controladas do Plano Safra, por exemplo.
O cenário de atraso no plantio da soja e de possível redução da área cultivada com milho no Centro-Oeste e de excesso de chuvas no Sul ligou o alerta da Pasta para um problema generalizado de liquidez dos produtores em 2024. "Precisamos deixar uma reserva para atacar o problema no ano que vem", alertou Augustin.
Fonte: globorural.com