Expectativa de diminuição de colheita, prejuízo no desenvolvimento dos frutos e qualidade das pastagens são alguns dos reflexos da seca no Brasil.
A crise hídrica no Centro-Sul do país atinge importantes regiões produtoras de alimentos no Brasil que já sentem nas lavouras e criações os impactos da seca, como expectativa de diminuição de colheita, prejuízo no desenvolvimento dos frutos e qualidade das pastagens.
Muitas culturas começaram a enfrentar esses impactos já no ano passado, como é o caso da laranja e do café. Outras, como o feijão e a pecuária de leite e de corte passam, neste momento, por dificuldades na produção.
Além de problemas nas lavouras, o produtor também enfrenta aumento de custos, como gastos com energia e ração. E esses fatores podem contribuir para sustentar ou aumentar os preços de alguns produtos agrícolas, o que, por sua vez, tende a se refletir no preço ao consumidor, diz o gerente de consultoria Agro do Itaú BBA, Guilherme Belotti.
A seguir, veja um resumo de como estiagem está prejudicando ou já afetou 7 grupos de alimentos:
Frango, porco e ovos
A produção de ovos e de carnes de frango e suínos também sofreu, indiretamente, os impactos da seca nas lavouras de milho. A falta de chuvas prejudicou o desenvolvimento do grão que, junto com farelo de soja, representam 70% dos custos de produção do setor.
A estiagem, associada ao aumento do valor do milho no mercado internacional, pressionou os custos de produção do setor, que chegou a pedir ao governo federal uma autorização para importar mais uma variedade de milho transgênico dos Estados Unidos.
Esse tipo de grão é mais barato do que os que o Brasil já compra, segundo o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin.
O governo atendeu ao pedido no último dia 17 e, segundo o setor, a autorização deve reduzir gradualmente os custos.
Fonte: Avicultura Industrial