Apesar de dificuldades ao longo do ano, cadeia produtiva do ovo tem perspectiva de crescimento para 2021.
Mesmo com as dificuldades enfrentadas no setor de avicultura de postura, o mercado do ovo segue com perspectiva de crescimento, de acordo com a diretora do Instituto Ovos Brasil (IOB), Tabatha Lacerda.
A diretora da entidade explica que os produtores foram pegos "de calças curtas" com a alta expressiva nos custos de produção, principalmente com a alimentação das aves, o que representa cerca de 70% do total dos custos com a atividade.
"Alguns pequenos produtores acabaram fechando as portas neste processo porque não suportaram essa pressão, e houve, sim, alguns casos de descarte de poedeiras de forma precoce em uma tentativa de aliviar os custos e enxugar a produção", explicou.
Tabatha conta ainda que, mesmo com o alto custo, este aumento não foi repassado de forma integral até a ponta consumidora. "O consumo contínuo é necessário, já que a produção é contínua, e o ovo é um alimento nutritivo e versátil, que passou a ser mais consumido durante o período de pandemia", disse.
Segundo estimativas da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) divulgadas no final de setembro, a produção de ovos em 2021 deve crescer 2% no comparativo com 2020, chegando a 54,503 bilhões de unidades. O avanço deve seguir em 2022, com aumento de 3% em relação a este ano, atingindo 56,200 bilhões de ovos.
"O consumo também deve crescer e chegar perto da média mundial per capita. Para 2021, o aumento deve ser de 1,5%, passando para 255 unidades por pessoa, e em 2022, deve subir 2,5%, chegando em 262 unidades per capita", afirmou.
Fonte: Notícias Agrícolas