Colombia registrou dois surtos de Influenza Aviária Altamente Patogênica no município de Acandí, no departamento de Chocó.
Na última segunda-feira feira a Colômbia reportou dois casos de Influenza Aviária Altamente Patogênica em aves não comerciais no município de Acandí, no departamento de Chocó. A Colômbia é um país autodeclarado livre da influenza aviária altamente patogênica pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) desde 2011 e a notificação não afeta ou modifica este status sanitário do país.
De acordo com o Instituto Agrícola Colombiano (ICA) a localização dos surtos não põe em perigo a produção e o consumo de ovos e carne de frango. O Plano de Contingência da Influenza Aviária está atualmente ativo e uma equipe formada por epidemiologistas, veterinários e técnicos de pecuária foi criada no escritório local da instituição em Acandí para controlar e erradicar a situação sanitária.
Diante da situação a Associação Brasileira de Proteína Animal emitiu um alerta aos avicultores brasileiros. De acordo com o documento este é um momento de alerta máximo para a avicultura brasileira, com o retorno da enfermidade à América do Sul.
A associação emitiu uma solicitação de reforço à mobilização do Ministério da Agricultura, em mensagem direta ao Ministro, ao Secretário de Defesa Agropecuária e ao Diretor de Saúde Animal, nas diversas frentes de defesa agropecuária, nos portos, aeroportos e fronteiras, seja pela ação ativa ou por meio de campanhas, estimulando o engajamento de todos na proteção do bem setorial mais precioso, que é a sanidade de nossos planteis.
Protocolo atualizado e reforço de campanhas preventivas
A ABPA também informou que o Protocolo de Biosseguridade foi atualizado e orienta ao produtores total atenção, seja com relação às visitas nas unidades produtoras ou com o retorno de colaboradores que estão no exterior. Além disso a Associação por meio do GEPIA (Grupo Especial de Prevenção à Influenza Aviária) reforçará as campanhas com relação aos cuidados preventivos.
Enfermidade avança pelo continente
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) publicou no dia 13 de setembro, um alerta sobre risco de introdução e propagação de gripe aviária de alta patogenicidade nas Américas do Sul e Central. O documento já recomendava que os países desses regiões estejam em alerta máximo para mortalidade de aves silvestres e surtos ou mortalidade incomum.
Desde o início de 2022, houve uma rápida disseminação do HPAI H5 na América do Norte, e informações da Organização apontam a circulação viral em certas populações de aves selvagens na região. Dado o início da próxima migração de outono de muitas espécies de aves da América do Norte para a América Central e do Sul, o risco de introduções de HPAI aumenta em áreas de invernada atualmente não afetadas. “É importante que os países e territórios das regiões da América Central e do Sul preparem e fortaleçam suas medidas de detecção precoce, diagnóstico adequado e resposta precoce, tanto em aves silvestres quanto em aves de capoeira”, dizia o documento.
Brasil mantém programa de biosseguridade rígido
Apesar de ser exótica em território nacional, ou seja, nunca detectada no Brasil, a influenza aviária é uma doença de distribuição mundial, por isso o Brasil como maior exportador de carne de frango, mantém um programa de biosseguridade rígido.
O Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA) além de estabelecer os critérios mínimos de biosseguridade a serem aplicados pelos estabelecimentos avícolas para o registro destes junto ao Serviço Veterinário Oficial (SVO), também determina os procedimentos específicos de prevenção e vigilância epidemiológica para IA. São eles:
Investigação imediata de qualquer notificação ou caso suspeito de influenza aviária e doença de Newcastle - A vigilância passiva tem como base o pronto atendimento pelo SVO das notificações feitas por parte dos médicos veterinários responsáveis técnicos de granjas, produtores ou por qualquer pessoa que tenha conhecimento da ocorrência de mortalidade repentina de aves, associadas ou não a sintomas clínicos neurológicos ou respiratórios. Essas notificações geram investigação a campo para caracterização ou não, por parte do SVO, de uma suspeita provável de IA e DNC. Se a suspeita for caracterizada com provável, são colhidas amostras para diagnóstico laboratorial oficial, realizada investigação epidemiológica e a propriedade permanece interditada até conclusão da investigação e emissão do laudo laboratorial negativo.
Fonte: Avicultura Industrial